segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Introdução ao Estudo da Bíblia Sagrada 1

O interesse no estudo da Bíblia


            Por Taíso Adriano de Carvalho

Iniciaremos nosso estudo analisando qual o interesse do mundo frente a Bíblia Sagrada formada pelos dois testamentos denominados Antiga e Nova Aliança. Então mãos-à-obra!

1 - Qual o interesse no estudo do Antigo Testamento?

O Antigo Testamento é objeto de estudo no meio acadêmico (Cursos Teológicos, Trabalhos de pesquisas, Ciência humanas e sociais) e religioso (Igreja). Ao primeiro interessa a pesquisa científica e, para o segundo encontrar a revelação de Deus em suas páginas.
O primeiro grupo apresenta variações de comportamento frente ao AT:
Podemos identificar cinco tipos de interesse no estudante acadêmico do AT:
1 – O estudante não tem nenhum interesse pela disciplina, cursando a matéria simplesmente para cumprir os créditos que o curso exige;
2 – Reservatório de conhecimento (Simplesmente para expandir seus conhecimentos gerais);
3 - Para uso pratico em sua vida ministerial, familiar e profissional;
4 - Para questionar outra pessoa, seu Pastor ou colega de trabalho que costuma falar sobre o assunto ou, tem outro ponto de vista (religião) diferente do seu;
5 – Para pesquisa técnica científica em áreas como: arqueologia, lingüística, sociologia, antropologia, geografia e história.
O segundo grupo apresenta apenas um objetivo:
Podemos identificar apenas um interesse no membro da denominação:
1 - O interesse religioso, devocional e espiritual.

Como podemos perceber de forma rápida e introdutória o estudo do Antigo Testamento é muito importante, dependendo do objetivo traçado, para muitas áreas de interesse, não só religiosa como técnica e científica. A definição do objetivo é fundamental para direcionar o aproveitamento e o grau de interesse e importância que será dado na tarefa de análise (superficial ou minuciosa) das velhas escrituras. São elas o alicerce sobre o qual foi edificado o Novo Testamento e toda a pregação e ensino de Jesus Cristo[1].

2 – O interesse pelo AT é universal?

É comum ouvir a pergunta: Quem se interessa pelo Antigo Testamento? Até mesmo entre os membros do cristianismo (evangélicos, protestantes e católicos), a tendência de direcionar o estudo para o Novo Testamento é muito forte, renegando o Antigo a um segundo plano. Mas será que essa postura é aceitável? Seria o AT dispensável em nosso atual contexto? Vejamos:
O interesse no estudo do Antigo Testamento é universal:
1 – Três das maiores religiões mundiais recorrem ao AT para fundamentar sua confissão de fé: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo;
2 - Religiões pagãs também fazem uso das páginas do AT[2].
3 - Pesquisadores seculares[3] (historiadores, arqueólogos, etc...) consultam informações históricas e geográficas no Velho Pacto.
Conforme Samuel Schultz: “Milhões de pessoas voltam as suas páginas para rastejar os princípios do judaísmo, do cristianismo, ou do Islã. Outras pessoas, sem número, o fizeram procurando sua excelência literária. Os eruditos estudam diligentemente o Antigo Testamento para a contribuição arqueológica, histórica, geográfica e lingüística que possui, conducente a uma melhor compreensão das culturas do Próximo Oriente e que precedem à Era Cristã[4].
Portanto, o estudante do AT tem motivos de sobra para diligentemente navegar por suas páginas, colhendo além de informações históricas, sabedoria espiritual que edifica o homem e o aproxima do Criador, além de conhecer as várias histórias envolvendo Deus e o homem, durante vários séculos, culminando no NT. E por falar em Novo, o AT é o alicerce que sustenta o NT e toda a doutrina cristã.

Atenção - Nossa disciplina é técnica, mas o interesse cristão é doutrinário e espiritual. Aquele que se dispõe a estudá-lo deve ter em mente a sua complexidade e diversidade de interpretações existentes dentro dos círculos cristãos e fora dele. Tentaremos esclarecer alguns destes processos.

3 – Qual o interesse pelo Novo Testamento?

Quando falamos do novo Testamento a situação é completamente diferente. O interesse pelo estudo da parte da Bíblia que fala do Senhor Jesus é muito maior do que o AT. Esse fenomeno pode ser visto à nivel tanto de denominação religiosa como no estudo acadêmico. Isso é compreensível se levarmos em conta a proximidade dos fatos narrados por ele com a distância dos narrados no AT. Os acontecimentos do Novo Pacto são recentes, possiveis de analise, com amplo textemunho histórico e cultural. Além disso, normalmente as pessoas interessam-se pela vida de Jesus, seus feitos e ensinamentos, suas profecias e promessas futuras, mas não estão dispostas a ler longas genealogias, histórias de tempos antigos, de povos semitas com culturas nomades tãos distantes da nossa realidade.
O principal problema na postura moderna, ou seja: apega-se ao NT e distancia-se do AT, encontra-se na possição assumida pelo Testamento de Jesus Cristo referente ao Antigo: O Novo Testamento testemunha a respeito dos feitos preditos pelo Antigo e que se concretizaram no ministério do Cristo[5].
Portanto, podemos definir o interesse no estudo do Novo Testamento:
1 – Conhecimento a cerca da pessoa de Jesus Cristo;
2 – Informações históricas encontradas em seus relatos;
3 – Conhecimento gramatical, linguístico e semântico das línguas usadas na sua época: hebraico, aramaico e grego coinê;
4 – Espiritualidade, no caso das religiões.
Pois Bem. Agora que entendemos alguns dos aspectos importantes a cerca do estudo do AT e NT, podemos concluir que o interesse no estudo bíblico é universal, motivado por questões religiosas (confissão de fé), históricas (trabalhos de historiadores), científicas (pesquisas arqueológicas, lingüísticas e literárias, sociológicas, geográficas, culturais e antropológicas) e filosóficas (ética, moral), então podemos analisar a origem da Bíblia e o seu desenvolvimento histórico. Entraremos na segunda fase de nosso estudo.


[1] Um Cristão verdadeiro conhece os ensinos do seu Mestre, segue-os, aplicando-os na vida prática.
[2] Por exemplo: A Maçonaria recorre a uma história sobre a construção do Templo de Salomão para explicar sua origem.
[3] Por secular me refiro aos não religiosos ou não cristãos.
[4] SCHULTZ, Samuel J. A História de Israel no AT. Tradução do e-book Habla el Antiguo Testamento, do espanhol para o português realizada por Daniela Raffo, 2008. p 5. Disponivel em: www.semeadoresdapalavra.net
[5] Essa é a diferença. Se todos compreendêssemos  isso, daríamos mais atenção à leitura do AT. Ele é a base histórica e doutrinária do Senhor Jesus Cristo – A Bíblia da sua época.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ruptura na Reflexão Teológica - JL Reflexões

                     A ruptura da teologia                        


Acesso em: 12/11/2010






          A década de 70 foi marcada por uma ruptura epistemológica da teologia. Nasce a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, gerada nas entranhas de uma reflexão “arbitraria” do ponto de vista ortodoxo-católico, alguns chegam a dizer que foi uma “resposta”, a ORTODOXIA, essa teve nos seus principais propagadores LEONARDO BOFF, RUBEM ALVES, MIGUEZ BONINO, JOSE COMBLIN, JUAN LUIZ SEGUNDO, CLODOVIS BOFF, FREI BETO, entre outros.
         
          Da impressão que houve uma conspiração do pensamento contra toda ORTODOXIA, essa ruptura aconteceu também na ORTODOXIA-EVANGÉLICA, com o PACTO DE LAUSANE, uma resposta a ORTODOXIA PROTESTANTE (Evangélica).

         JOHN STOOT, teólogo britânico, e o Equatoriano RENÉ PADILHA, inauguraram uma virada hermenêutica BATIZADA pelo nome de MISSÃO INTEGRAL. As duas vertentes mais expressivas do cristianismo, se “REBELARAM”, tinham em comum a quebra com o pensamento tradicional.

          A nova “TEOLOGIA CONTEXTUAL” foi à mudança paradigmática no pensamento teológico; 1976 foi o que podemos chamar de “A SAIDA DA GAIOLA TRADICIONAL DO PENSAMENTO TEOLÓGICO”, tanto católico como protestante!

          A história do pensamento mostra um movimento cíclico, e a fundamentação dessa teologia não foi EX-NIHILO, pois séculos antes, FRIEDERICH SCHLEIERMACHER (1768-1834) antecedeu a tese primária dessa ruptura quando concluiu:

         “Toda reflexão teológica era influenciada, e até determinada, pelo contexto na qual evoluíra, impossibilitando de haver uma “pura”, supra-cultural, e a - histórica; era impossível penetrar até um resíduo da fé cristã que já não fosse num certo sentido interpretação”.

         Desde a ocidentalização do cristianismo em Constantino, a reflexão teológica fazia um movimento da elite “alto”, para os laicos “baixo”, a ESPOSA era a ESCRITURA, o SÊMEN era a DIALÉTICA com a TRADIÇÃO, e a FILOSOFIA o ÓVULO, que fecundava no encontro com o seu interlocutor, o HOMEM ELITIZADO.

         Sair da gaiola foi à inversão dessa epistemologia, agora seria a partir de baixo “LAICO” aquele que está às margens, a escritura permanecia como ESPOSA, o SÊMEN continuava sendo a DIALÉTICA, a FILOSOFIA e a TRADIÇÃO, sempre férteis, mas a CIÊNCIA entra no relacionamento “EXTRA-CONJUGAL” e GEROU uma filha chamada SOCIOLOGIA.

         Essa com vigor começa a disputar o lugar de sua genitora, e o seu interlocutor não seria mais a elite “DOUTA”, mas, sim o pobre, “BAIXO”, o in-douto culturalmente marginalizado.

         As epistemologias TRADICIONAL (ortodoxa) e CONTEXTUAL (terceiro mundo) é exposta da seguinte maneira por Sérgio Torres:

         “TRADICIONAL: A verdade é conhecida de conformidade com a mente a um determinado objeto, esse conceito se confirma ao mundo existente e o legitima. OCIDENTAL: A verdade não é conhecida de conformidade da mente ao objeto (dialética), é oposto, o mundo é um projeto não concluído e em construção, um processo em transformação”.

          O CLERO tinha a BIBLIA e a TRADIÇÃO como objeto da reflexão, o mesmo ocorre com a ala chamada PROTESTANTE, que tem como interlocutor a BIBLIA, não descarta a TRADIÇÃO, mas a VERDADE não é mais PRÉ-FIXA, ponto em comum na ortodoxia católica e na evangélica:

         “Lançar fora o filho bastardo batizado por nome LOGOS (lógica) “INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL” tendo por pai o Deus grego”.

          A nova epistemologia não descarta a “TEORIA NA REFLEXÃO”, mas sua ênfase recai na “PRÁXIS” essa é a julgadora que determina a “VERDADE” na teologia; a “Reflexão crítica sobre a práxis cristã à luz da palavra de Deus.” (Gutierrez).

          A ASCESE geradora da salvação META-FÍSICA perdeu a META, pois na física, o céu não tem local fixo, o DOGMATISMO, sinônimo de INCAPACIDADE DE DIÁLOGAR COM O DIFERENTE, fechou-se para a ciência, essa foi CONTEXTUALIZANDO a sua COSMO-VISÃO de acordo com o CIENTIFICISMO que deixava duas opções:

          “Dialogar com as ciências, principalmente as humanas, ou ficar fossilizadas, descontextualizadas e irrelevantes para a sociedade”.

          Surge a neo-ortodoxia, a bíblia deixa de SER para con-TER a palavra de Deus, a subjetividade, de-termina, já não é mais a vertical a nascente da leitura, mas a horizontal, a teologia deixa de ser o solucionador da CRISE, e passa a ser a teologia da CRISE, até o mito foi intimado a se explicar, caso se explique, deixe de ser mito, se não, cale-se, deixe a razão falar!

          A HISTÓRIA faria a CRITICA, teria a liberdade para RELATIVIZAR TODO O ABSOLUTO, que venha contra a VIDA, afinal o epítome da fé cristã é a RESSUREIÇÃO DO CORPO e não a IMORTALIDADE DA ALMA, por isso, tanto a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO (católica), quanto a MISSÃO INTEGRAL (protestante), tem a seguinte epistemologia em comum:

          “A VERDADE não é mais metafísica, mas sim é uma construção histórico-cultural & contextual”, o CORPO é o objeto da reflexão, não mais a “ALMA IMORTAL”, a teologia deixou de ter uma VERDADE ABSOLUTA, para ter uma VERDADE HISTÓRICA, afinal o verbo se tornou CARNE, toda reflexão começa nas dores do CORPO e não nos anseios da ALMA”.

          O CORPO tornou-se o principal interlocutor, e o diálogo não é mais a VERDADE PRÉ-EXISTENTE, firmada no IDEAL do SER que “É”; o mundo não precisa ser INTERPRETADO para que o SUJEITO se ajuste a ELE, agora, ele precisa ser TRANSFORMADO, a relação entre SUJEITO e OBJETO não é mais de PASSIVIDADE, contemplação “olhar para”, não é admirar a beleza do COSMOS, mas sim de ATIVIDADE, “entrar em, participar, mudar”, transformar a desordem do caos em cosmos!

           A reflexão não é sobre o LOGOS que se fez DISCURO COERENTE, mas sobre o LOGOS que entrou num corpo e através dele não sistematizou a vida, o ONI-POTENTE torna-se IN-POTÊNTE e grita: ELOI ELOI LAMA SABACTANI, o Deus que está em todos os lugares, encontra um lugar em que está “SÓ”, o corpo de “CARNE”. O eterno experimenta o fim, a vida se encontra com a morte, e faz uma aliança de sentido!

           Nenhuma construção poderia tentar esgotar o falar de Deus, pois o que se fala D’Ele hoje, não pode ser absoluto, a mesma fala que absolutiza o poder do “DEUS QUE FAZ”, encontra o PARADOXO, quando “O DEUS QUE FEZ” , não “FAZ”!

          O MOMENTO HISTÓRICO é outro, a vida é movimento, o tempo passa a ser o RELATIVIZADOR DAS CERTEZAS, assim como nas outras dimensões do saber, afinal de contas se a teologia tem alguma posição não é de RAINHA DAS CIÊNCIAS, mas de SERVA dos homens que pensam, e OPRESSORA DOS IGNORANTES!

          Não é relativizar o PODER DE DEUS, mas sim, não absolutizar o SABER DE DEUS, essa ruptura dá uma nova vida a chamada TEOLOGIA DA MISSÃO INTEGRAL, onde a antropologia, não dicotomiza, mas torna-se HOLÍSTICA, não se fragmenta em TESE e ANTI-TESE, mas interage numa SIM-BIO-SE com a filosofia HEGELIANA de que toda TESE, tem sua ANTI-TESE, que forma uma SIN-TESE, e que novamente volta formar uma TESE e tudo sempre volta ao ponto de onde partiu!

          Mas surge a pergunta: “Fracassou a teologia da libertação e a missão integral”? No meu ponto de vista não! O que houve foi uma expectativa muito acima da realidade na época em que emergiu. No entanto a semente foi plantada, e já podemos colher frutos hoje, cada um que foi impactado mudou a sua reflexão, sua vida e atingem outros.

          Meus tributos a esses que  são os pré-cursores da reflexão que não aceitaram viver enclausurados nas suas certezas, fizeram da dúvida instrumento pedagógico para o desenvolvimento da reflexão!


          * José Lima de Jesus é Mestre em Ciências da Religião, professor na área de Teologia e escritor, com duas obras publicadas pela LDEL Editora: Hermenêutica e Pregação Bíblica.  Gentílmente autorizou a reprodução nesse Blog deste artigo de sua autoria.

A importãncia da Visão de Deus



A visão de Deus

           Por Taíso Adriano de Carvalho

               Introdução
               Para o líder a visão de Deus em seu ministério é fundamental. Toda mudança, todo projeto, toda organização e mobilização começa pela visão de algo novo dada por Deus. Navegando na internet, quando buscava a inspiração necessária para iniciar este estudo (um ponto de partida), encontrei uma citação de John Wesley que mostra como a “visão de Deus” pôde mudar os rumos do ministério de um homem que teve seu nome perpetuado na história da igreja cristã.

Vejamos a citação: “Quinta-feira, 29 de março de 1739 – Parti de Londres e, encontrei o Sr. Whitefield. A princípio, quase não podia reconciliar-me com esse modo esquisito de pregar nos campos, conforme o Sr. Whitefield me deu exemplo no domingo, pois, tendo eu sido toda a minha vida, e isso até agora, tão agarrado a todos os pontos que eram considerados de acordo com a decência e a ordem, – tais eram os meus preconceitos – considerava pecado um pecador salvar-se fora da igreja[1].

A vida desse pregador do Evangelho, conservador e formalista, fiel aos seus princípios frios, foi mudada pela visão dada por Deus, levando-o a viver uma vida plena no Senhor Jesus. Wesley, um líder do movimento Metodista na Inglaterra e um dos maiores avivacionistas do cristianismo, destacou-se também como importante teólogo respeitado e lido até hoje.
O objetivo desse estudo é mostrar a importância de seguir a visão dada pelo Senhor Jesus para nossas vidas e ministério, vivendo uma vida plena no Espírito Santo capaz de resistir às perseguições e dificuldades impostas pelo mundo em que vivemos. Leia com atenção e medite sobre o tema a ser discutido.

1 - Não produzimos a visão – ela é dada por Deus

“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” – II Pedro 1:20-21

Visão é dada por Deus ao homem. Ela possui um objetivo claro de: orientar, mudar, dirigir, advertir ou dar segurança e, mostrar o que irá acontecer no futuro – algo que no momento não pode ser percebido. Foi assim desde o princípio. Na Bíblia Sagrada encontramos diversos exemplos de “Visão”, tanto no AT como no NT. Apenas para ilustração, citarei alguns:
1 – A visão dada a Noé:
Deus deu a Noé a visão de uma arca. Ele compreendeu e a construiu. O mais importante nisso tudo foi confiar e obedecer a Deus. Não havia motivos para Noé seguir nesse projeto, todas as circunstancias da vida apontavam para outra direção, todos zombavam dele, afinal, sequer havia um oceano ou um grande rio perto do local onde o barco estava sendo construído. Mas a visão veio em primeiro lugar na vida de Noé e ele obedeceu mesmo sob circunstâncias desfavoráveis;
2 – A visão dada a Abraão:
Deus deu a Abrão a visão de uma cidade (vá para o lugar que Eu te mandar), de uma prosperidade (uma nação) e de muitas bênçãos. Abraão agarrou essa visão para sua vida, transformou-a em um objetivo e seguiu-a. Ele obedeceu a Deus mais que todos nós. Porque digo isso? Simplesmente porque nos tempos de Abraão não existia a revelação escrita de Deus. A fé de Abraão (considerado o pai da fé por esse motivo) veio pela visão de Deus, pela confiança Naquele que lhe falava e pela obediência. Foi a certeza da confiança passada por um encontro pessoal com o Senhor, não veio pelo conhecimento, pela sabedoria, pelas “letras”, não, veio pela experiência pessoal. Repito: experiência pessoal com Deus.
A visão precisa dominar nossas vidas da forma como dominou a vida de Abraão. Ele teve erros, assim como todos nós já erramos e ainda vamos errar em nossas vidas, porém, se ouvirmos a vós de Deus (e isso só é possível pela experiência pessoal com Ele), poderemos minimizar nossos erros de forma bastante expressiva;
3 – A visão dada a Moisés:
Deus mostrou a Moisés uma terra que seria dada ao seu povo como resultado da promessa dada à Abraão. A “terra que emana leite e mel” esteve vívida na mente de Moisés durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto. A importância dessa visão é tanta que dela surgiu uma nação: Israel. Moisés é considerado o maior legislador e o libertador de Israel. Sua visão de nação veio acompanhada pela estipulação de leis e normas para reger o seu povo – um complexo código religioso (diferente do código civil feito por Hamurabi) denominado de Torá[2];  
4 – A visão dada a Josué:
Josué, um importante líder militar de Moisés, não recebeu a mesma visão, mas já a conhecia por ter assessorado seu predecessor por um longo período. Ele recebeu a confirmação do seu chamado por Deus após a morte de Moisés e, liderou o povo na conquista da terra prometida. Como Moisés, manteve-se firme à visão de Deus.
O importante aqui é percebermos que Deus, quando olha para a terra não vê o homem, vê uma multidão de pecadores necessitados de salvação. Por isso Ele nos dá a “visão”[3];  
5 – A visão dada a Davi:
O rei Davi recebeu do Senhor a visão de que seria rei em Israel. Ocorre que o rei era Saul, mas Davi manteve sua fé na unção recebida de Deus através do profeta Samuel. Ele sabia que: quando Deus fala, acontece. Dessa forma Samuel recebeu a visão de Deus que o levou a ungir Davi rei, sendo Saul ainda vivo e Davi o último (o mais jovem) dos filhos de Jessé.  Em I Samuel 3:21 está escrito “E continuou o SENHOR a aparecer em Siló; porquanto o SENHOR se manifestava a Samuel em Siló pela palavra do SENHOR”, deixando claro que Samuel não desviava sua atenção da “visão de Deus;
6 – A visão dada a Daniel:
O profeta Daniel foi um dos homens do AT que mais guiou-se pela “visão de Deus”, talvez por isso Deus lhe concedeu o privilégio de ver o Senhor Jesus Cristo em revelação, como profecia dAquele que deveria vir.  Em Daniel 7:13 encontramos uma linda referência a Cristo, aquele que Daniel não conhecia, revelado em uma visão: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele”. Daniel viu o Salvador, o Filho de Deus que haveria de vir, revelado pelo Ancião de dias da visão (o próprio Deus);
7 – A visão dada a João – o Batista:
João foi um profeta levantado como precursor da vinda do Messias. Ele entendeu perfeitamente o seu papel, dado pela “visão” concedida por Deus, de ser “aquele que clama no deserto” para “endireitar os caminhos para o Senhor passar”. Dessa forma cumpriu o seu ministério e testemunhou o cumprimento da promessa de Deus: enviar o Salvador a terra;
8 – A visão dada a Paulo:
O apóstolo Paulo teve o privilégio de ser escolhido por Deus para ser o apóstolo aos gentios. Entendeu a sua missão. Foi um visionário projetando a expansão da igreja cristã por todo o território do império Romano. Isso foi possível tão somente porque manteve-se fiel à “visão”, priorizando-a em todas as circunstâncias da sua vida;
9 – A visão dada a Pedro:
Da mesma forma Pedro guiou-se pela ótica da visão de Deus em seu ministério, deixando-se guiar pela vontade manifesta do Senhor Jesus em sua vida ao ponto de contrariar suas crenças (tradições), em oposição aos seus compatriotas. Isso pode ser visto em Atos 10:11-13: “E viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra. No qual havia de todos os animais quadrúpedes e répteis da terra, e aves do céu. E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come”. Essa visão mudou a sua pratica em relação aos gentil,
10 – A visão dada a João – a Apóstolo:
O momento de êxtase visionário do NT é o Apocalipse de João. Como diz a sua introdução o livro é a “revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto”. Essa visão foi dada ao apóstolo que dedicou a sua vida, por amor à Cristo, à pregação do Evangelho.

Como podemos perceber os profetas do AT andaram movidos pela “visão”, bem como os apóstolos e discípulos do Senhor Jesus durante toda historia do cristianismo, têm se movido pela força da revelação divina.  A visão não é produzida por vontade humana, é sim um agir de Deus com a igreja e seus servos, mostrando a sua vontade através do Espírito Santo.

2 - Visão humana X visão espiritual
Visão e visão são duas coisas diferentes. Você e eu podemos ter a capacidade de ver para onde estamos indo fisicamente, mas muitos de nós não possuímos visão. Hellen Keller, que era cego e surdo, fez essa declaração: “A pessoa mais patética é aquela que têm olhos, mas nenhuma visão[4].

Mas, o que seria realmente uma “visão” dada por Deus?
Aproveito o artigo do Reverendo Dominic para conceituar o que significa a palavra visão:
1 – Visão é uma imagem (mental) de um futuro (desejado ou não) próximo ou distante, algo que pode transformar nossas vidas. Em Provérbios 29:18 está escrito: “Não havendo profecia, o povo perece”. Isso é uma verdade grandiosa, o povo que não possui uma visão de Deus para o seu destino está fadado a perecer. A promessa (visão) ativa uma força motivadora no interior das pessoas, algo diferente começa a acontecer quando estamos debaixo da “visão de Deus”;
2 – A visão é profética porque é dada por Deus. Ela reflete o desejo mais íntimo do Senhor e Sua vontade para nossas vidas, falando em um plano individual. Ela também pode se referir, como já foi dito, ao futuro de um povo, de uma nação, falando de um plano amplo, ou, até mesmo de um projeto em particular, algo que não está ligado ao povo de Deus (Igreja, por exemplo). Conforme Dominic “o ‘word vision’ também é traduzido como ‘profecia da revelação’, indicando que a revelação vem de Deus, porque Deus é nossa fonte celestial,”.
A imagem dada por Deus de nossas vidas transforma nossa perspectiva. Alguma vez você já se perguntou o que as crianças vêem quando andam em elevadores? Elas são muitas vezes ofuscadas, e sua visão bloqueada pelos adultos que se erguem sobre elas. Havia uma dessas crianças que estava em um elevador lotado, que disse: “Papai, me pega porque eu não posso ver daqui de baixo”. Isso é o poder da visão, ela nos eleva e nos dá uma perspectiva mais elevada[5];
3 – A visão é um sonho. Esse sonho lhe aponta um caminho, um olhar para frente, algo novo, motivador, que deve ser buscado. O sonho transforma-se em esperança quando é dado por Deus. Um sonho se transforma em fagulhas vivas na nossa vida.
A pessoa que tem um sonho para sua vida possui esperança de continuar vivendo. Quando desistimos dos nossos sonhos, então perdemos a esperança de vida. Um dos principais motivos por que as pessoas cometem suicídio é porque elas têm desistido da esperança de viver;
Se você não tem sonho, não tem esperança e já desistiu, vai viver uma vida de forma imprudente, desregrada, ser restrição, sem direção, sem objetivos, cansado, estafado, confuso e sem valor, buscando apenas a satisfação dos anseios prazerosos da carne (difíceis de serem saciados)[6]. Essa forma louca de viver a vida lhe sugará a sua força vital (energia), sem lhe adicionar nada de significativo para o reino de Deus, construindo apenas um declive largo em direção à perdição eterna. Mas a visão mantém o homem no caminho certo para Deus;
4 – A visão é um desafio. O povo de Deus é desafiado a manter-se dentro da visão dada pelo Senhor, objetivando o alvo fundamental do cristianismo: salvação. O desafio nos dias atuais é propagar um Evangelho autêntico, livre das distorções e das heresias normalmente propagadas mundo afora. A verdadeira essência da Palavra de Deus reside no reconhecimento da condição decaída do homem e da necessidade de salvação dada pela graça de Deus através da obra redentora do Senhor Jesus Cristo. A isso implica o reconhecimento de uma vida após a vida física, de um mundo espiritual em que as coisas físicas e visíveis da nossa realidade são supérfluas.  Porém, o Evangelho fácil e popular que está sendo disseminado nos últimos anos prioriza a atual vida física, com a busca pela realização pessoal e pelos bens materiais desse mundo, um contraste negativo com a vida do nosso Senhor Jesus Cristo que afirmou “o Filho de Deus não tem onde recostar a cabeça”, e falou ao jovem rico “ainda te falta uma coisa, vá e venda tudo que tens (o mesmo que dizer: se desprenda das coisas materiais e se apegue as espirituais) e me siga”. Não estou dizendo que buscar uma vida melhor, a satisfação de nossas necessidades seja pecado, mas se prender na busca incessante ao material, deixando em último lugar o espiritual (se houver tempo disponível, o que nunca há), sim, isso é pecado.
5 – Ter a visão, em qualquer área, dada por Deus é uma honra e uma alegria. Muitas pessoas buscam obter uma revelação de Deus e não conseguem e isso acontece por dois motivos básicos: Em primeiro lugar: elas buscam em lugares errados onde Deus não vai se revelar (no espiritismo, nas religiões africanas, no budismo, no empirismo) e, em segundo lugar: elas buscam para os motivos errados onde Deus não irá participar (para enriquecimento, para honra própria e pessoal, para fins ilícitos, etc...). Se você conseguiu obter a visão de Deus para sua vida ou ministério, alegre-se por que Deus se revelou a você.

Portanto, a visão da vontade de Deus é vista com os olhos espirituais da nossa mente, independente dos olhos físicos, enxergando um futuro desejável a Deus.  Ela é uma imagem que Deus concede ao homem receber, é uma profecia para sua vida ou ministério, um sonho a ser alcançado, algo novo que nos desafia, uma alegria para o homem e uma honra em poder recebê-lo de Deus.

A realização da visão de Deus
Para a visão se realizar alguns quesitos são necessários. Veremos alguns:
1 – A visão deve vir de Deus;
2 – Ela é baseada na compreensão correta de Deus;
3 – Compreender a si próprio e as circunstancias corretamente;
4 – A visão deve refletir a Deus, glorificá-lo e honrá-lo;
5 – A visão deve ser pessoal ou coletiva (para si ou para a igreja);
6 – Visão e missão devem estar relacionadas, mas distintas;
7 – E acima de tudo, a visão deve ser seguida pala obediência.

Em Atos 26: 19 está registrado o depoimento de Paulo diante do Rei Agripa onde ele testemunha a favor da obediência dizendo: “Por isso, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial”. Não devemos desobedecer a Deus, principalmente quando se trata da revelação de um propósito que Ele tem para nossas vidas ou para a Sua obra (igreja). O desobedecer a Deus pode acarretar a perda ou o adiamento da bênção.
Receber a visão e a direção de Deus é de vital importância na vida ministerial e cristã. Devemos lembrar que o próprio Senhor Jesus afirmou categoricamente que “sem Ele nada podemos fazer” (João 15:5); ou como em Atos 2:47: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Tudo depende da intervenção divina, toda obra, todo projeto, todo caminho, toda solução, até mesmo a evangelização e o crescimento da obra depende do “convencimento” do homem (tarefa específica do Espírito Santo).

Eu porém vos digo: Erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa


3 - A visão indica mudanças
A importância principal da visão é indicar os caminhos a serem percorridos. Normalmente ela indica uma mudança a ser implantada ou uma confirmação do caminho que está sendo trilhado. A visão para nossa realidade, uma tendência em nível de evangelização, sinaliza para uma mudança na forma de proceder, visão essa que tem por objetivo a estruturação do corpo de Cristo (igreja e todos os seus membros) como forma de capacitá-lo a enfrentar as mudanças que estão ocorrendo na sociedade mundial e local, além de possibilitar a definição de uma estratégia de evangelização para os próximos anos.
Na vida de Abrão, a visão de Deus exigiu mudanças. “Abrão teve que sair de sua terra de sua parentela e mudar-se, o que gerou muitas outras mudanças. A visão de Deus mudou a sua vida, tornando-o pai de nações e exemplo de fé[7].

Isso é uma exigência imposta pela realidade em que vivemos
Vivemos tempos de angústia em todas as áreas da vida. Nunca antes esteve tão próxima a volta do Senhor Jesus como em nossos dias. Os sinais dos tempos já são claros a luz dos olhos do conhecedor da Palavra de Deus. O ser humano vive hoje mergulhado em angústia, medo, opressão, miséria, exposta ás catástrofes naturais, dominado por um sistema que retira do homem o seu tempo tornando-o escravo do relógio – dentro de uma rotina apertada centrada no lar – deslocamento – trabalho – volta para casa – descanso. Já não sobra mais tempo para dedicar ao reino de Deus, agora colocado em último plano. Os raros momentos livres (normalmente fins de semana) são aplicados na descontração (isso inclui toda espécie de vícios terapêuticos destinados a tentar amortizar os efeitos da dura rotina causadora de stress – bebedeira, futebol, bares, festas, som, etc...)

A resistência
Faz parte de a índole humana resistir ao que é novo. Toda forma de mudança requer paciência e tranqüilidade (mantendo-se dentro da visão de Deus). Toda mudança é invasiva, ou seja, acaba causando um trauma, com possíveis perdas, mas toda perda é compensada pelos frutos gerados pela obediência. Foi assim na vida de Abrão – ele teve que deixar a sua parentela e ir para um lugar que ele não conhecia – certamente enfrentou a dor de estar longe da parentela, a desconfiança e até mesmo incompreensão por parte da família. Mas a dor da mudança foi compensada pela certeza da visão da promessa para a sua vida. Certa vez o Senhor Jesus endureceu a Sua pregação para com o povo e os discípulos. Ao fazer isso precisou passar pela dor da mudança (discurso brando para um discurso mais duro) quando disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir? (João 6:60)”. “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele (João 6:66)”.
                Por outro lado, resistir às mudanças é estagnar e, conforme as palavras de Lockmann: “de certa forma morrer antes do tempo”. Não que toda mudança é boa, mas elas acontecem e é nossa obrigação condicionarmos nossos procedimentos (missão, estratégias, metas e métodos) de forma a podermos cumprir a grande comissão da igreja do Senhor Jesus: “fazer discípulos”. Onde? Apenas em Jerusalém? Não. Por toda a parte, onde houver pessoas necessitadas de conhecer o Salvador da humanidade.


[1] Comentário do Bispo Metodista Paulo Lockmann: João Wesley é um exemplo, em nossa história, de alguém que, movido pelo Espírito Santo, abriu mão de suas convicções pessoais em favor de mudanças no movimento metodista e no seu próprio ministério.
[2] No hebraico Torá (a Lei de Moisés ou os cinco primeiros livros da Bíblia); Em grego Pentateuco (Septuaginta)
[3] Entendamos visão como a revelação da vontade de Deus sobre nossas vidas, ministério, destino de um povo, etc...
[4] Reverendo Dominic Yeo - http://www.trinity.net/trinitarian/issue_2007_03/the_power_of_vision.pdf - título em inglês – pastor sênior do Centro Cristão Trindade.
[5] Idem.
[6] No desespero, o homem busca por uma válvula de escape, normalmente através do vicio.
[7] Comentário do Bispo Metodista Paulo Lockmann

segunda-feira, 1 de março de 2010

Métodos teológicos

Método Teologico



De acordo com o teologo brasileiro Antonio Magalhães, no seu livro Deus no espelho das palavras - Teologia e literatura em diálogo, "no método, encontramos as linhas hermenêuticas, os interesses da existência, os referenciais de aproximação, o anseio de descoberta, a aspiração de vida profunda".
O método define a linha de pensamento hermeneutico adotado pelo intérprete da teologia, define os interesses e os valores de vida que o teologo se baseia na formulação teologica, aponta para as experiências concretas da sua vida e, define o seu interesse e finalidade na estipulação de postulados teologicos. O que eu quero dizer com isso? Que as questões culturais, o cotidiano de nossa vida, nossos 'pressupostos' teologicos, tudo isso influencia a nossa forma de ver o mundo, ou seja, de ler a Biblia e entender a teologia.
Os metodos teologicos/hermeneuticos estão ligados ao conceito 'lente pelo qual vejo o meu mundo'.
Métodos partem de dois pressupostos teologicos: (1) Conhecimento dedutivo - conhecimento de cima para baixo porque parte dos conceitos teologicos estabelecidos pelos dogmas, ou seja, as verdades conceituadas e tidas como imutáveis; (2) Conhecimento indutivo - conhecimento de baixo para cima porque parte da experiência de vida, ou seja, da análise dos problemas concretos da realidade humana para então estipular doutrinas baseadas na releitura bíblica para responder a tais questões.
As fontes utilizadas por qualquer um dos dois métodos (Dedutivo ou Indutivo) são: A Bíblia, a Razão, a Tradição e a Experiência.
A finalidade do exercício da hermenêutica: (1) Levar as pessoas a conhecer mais a Deus através da assimilação de conceitos teologicos (dedutivo); (2) Estabelecer conceitos para contribuir com a transformação prática da realidade de vida das pessoas, levando-as ao conhecimento de Deus.

"Conhecer o método é ir fundo na própria engrenagem da teologia" Gustavo Soldati Reis - Unigran


Qual é o seu método? Analise qual é a sua finalidade em praticar a teologia? Produzir conceitos dogmáticos, ou transformar a realidade de vida das pessoas?

Por Taíso Adriano de Carvalho